O que é astrologia?

A astrologia é o estudo da correlação entre os fenômenos terrestres e celestes. Desde os tempos mais remotos, o homem consulta os astros, mas a astrologia ocidental floresceu há 5000 anos, na Mesopotâmia. Cada vez mais ela se afirma como uma excelente ferramenta de orientação para o homem. Existem diversas abordagens e aplicações da astrologia. As que mais se destacam atualmente na prática de atendimentos são:

Pessoal: Fornecendo a identificação de características, facilidades e dificuldades, vocações e tendências. Propiciando uma visão do indivíduo em relação ao cosmo e sua evolução no tempo. Esta abordagem personalizada também pertence a outras especialidades:

– Mapa da criança (de 0 a 17 anos) – onde é possível conhecer suas particularidades, compreender e ajudá-lo no seu desenvolvimento. Trabalho que exige um tratamento diferenciado.

– Estudo de Relacionamento (parceria ou grupo, afetivo ou social) – “Sinastria”, estudo da interação de seus membros, observando-se tanto um em relação ao outro quanto a relação em si (como uma entidade criada pela união dos seus membros).

Educacional: Ampliando ou facilitando o entendimento de diversas áreas do conhecimento, associadas ao seu contexto histórico. Contribuindo também na educação infantil e juvenil através da compreensão das fases de crescimento do homem.

Empresarial e Financeira: Apontando, como no mapa pessoal, as características e potencialidades da empresa, apresentando caminhos estratégicos para o alcance de objetivos. Além da aplicação do conhecimento oriundo da astrologia mundial, a análise e o planejamento da empresa são ainda mais aprofundados, quanto mais abrangente for o estudo dos recursos humanos: (análise dos mapas dos sócios, funcionários e candidatos). Muitas empresas têm aderido à inclusão da análise astrológica do candidato na seleção de seu pessoal.

Médica: A carta natal apresenta como é e como funciona aquele organismo, suas características físicas e psíquicas, interagindo com um organismo no qual está inserido – o cosmo. A astrologia propicia a identificação e previsão de possíveis alterações que possam vir a serem manifestadas pelo indivíduo como doenças. Ela não diagnostica, mas pode auxiliar na prevenção, na detecção da origem do problema (fatores genéticos, hereditários, etc.) e na sugestão de tipos de terapias. O diagnóstico e o tratamento são pertinentes ao profissional de saúde. A astrologia só auxilia terapeuticamente quando o astrólogo, além de competente, não infringe a ética em qualquer nível.
Outras aplicações também são muito procuradas:
– Evolução (Trânsitos, Progressões e Revolução Solar): o estudo das tendências (passadas, presentes ou futuras) de evolução (individual e coletiva).
– Eleição: a escolha da data mais propícia para iniciar um empreendimento, seja uma viagem, um negócio, casamento, etc.
– Relocação: estudo das alterações e novas potencialidades observadas com a mudança de local (a partir de 1000 km).
A astrologia interage com diversas ciências utilizando uma linguagem rica em símbolos que atendem as correspondências encontradas. O estudo parte de dados relativos ao tempo, lugar e do potencial de transcendência destes mesmos condicionamentos, através da analogia. Identificando qualidades “espaços-temporais” semelhantes em essência (não em aparência) e observando as “coincidências significativas” nos universos micro (os eventos terrestres) e macro (os eventos cósmicos).
Este saber contribui para uma maior consciência da nossa realidade, ao esclarecer eventos passados ou na previsão de tendências futuras. Enriquece, portanto, o auto-conhecimento, não só pela definição de características e interesses do indivíduo, mas pelo reconhecimento da sua participação no mundo. Quando sabemos o significado do “agora” dentro de um contexto evolutivo e universal, valorizamos mais o momento presente. Tornamos-nos mais responsáveis e felizes com as nossas decisões.
Chegamos à globalização, preocupados com a crescente densidade populacional e diante do paradigma da escassez. Nossa racionalidade é cada vez menos separatista. O nosso pensar está se tornando mais inclusivo. Concêntrico e menos egocêntrico. Buscamos políticas onde o poder seja atribuído aos mais responsáveis, aos que considerem e respeitem a coletividade e a natureza. Mas, a astrologia não é parceira de nenhuma ideologia, nem está condicionada a nenhuma crença. Ela estuda a natureza, como ela se manifesta e não quem a criou, ou quem a move. Não trata de especulações dogmáticas. Apenas demonstra, sem postular, a nossa “co-autoria” do destino. O homem, convivendo com a multiplicidade de informações, apelos e possibilidades oferecidas nas multimídias, carece de uma maior definição do que lhe é pertinente. A astrologia o auxilia nesta descoberta, ao mesmo tempo em que amplia a sua consciência.
Outro fato importante no atual avanço tecnológico é sua significativa contribuição nas pesquisas relativas à astrologia mundial. O rápido acesso as notícias internacionais, a comunicação e a capacidade de registro da internet, favorecem a legitimação desse conhecimento tão contestado. A alegação de que a subjetividade da astrologia não tem conexão com a realidade, sendo apenas fruto da capacidade imaginativa do homem, não consegue mais sustentação.
A profissionalização deste saber requer um mínimo de 4 anos de formação, aperfeiçoamento e atualização constantes. Seu fundamento é a faculdade que nos define como humanos: o conhecer.

SOBRE A LEITURA DA CARTA NATAL

As características citadas relativas à sua personalidade podem não corresponder a sua visão de si mesmo. Ou ainda, previsões indicando tendências de determinados eventos podem não coincidir exatamente com os fatos ocorridos. Isso se deve principalmente a linguagem simbólica utilizada, a qual abarca em seu discurso o mundo visível, o não visível, o interno, o externo e a consciência em seus vários níveis (subconsciente, inconsciente coletivo…). Por exemplo: o céu indica uma virada radical na vida do cliente, fazendo com que passasse a ver e a lidar com o mundo de forma totalmente diferente. Sendo ele muito conservador, controlado e auto-centrado, pode não se identificar com essa promessa do seu mapa. Ele não acredita que isso possa ocorrer até chegar ao período anteriormente sinalizado, quando, um evento inusitado, incontrolável e transformador muda radicalmente sua vida. Todo esse potencial sempre foi seu, latente, em comunhão com o universo. Como nos falou Jung: “Os acontecimentos da vida de uma pessoa são as suas próprias características.”.
É bom frisar também que em astrologia não existe avaliação moral. Os aspectos podem funcionar de forma tensa ou harmoniosa. Como essas potencialidades se manifestam ou serão valoradas, é você quem revela a verdadeira proporção delas, com a sua vivência, no momento certo. Citando o astrólogo André Barbault: “A astrologia não poderia ser uma doutrina fatalista, pois a “causa celeste” não é tudo; esta se manifesta com e em função dos fatores com que nos tem dotado a natureza…”
Portanto, evoluindo com o próprio homem em consciência e na ciência consequentemente, ela não é uma adivinhação e nem faz apologia a um determinismo celeste. É uma arte, por renascer a cada dia na expressão do homem novo.

Da capo ao fine

Da capo al fine

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