Você “acredita” em horóscopo?

O descrédito em horóscopos (os de jornal principalmente) se deve basicamente a vários motivos: o de não ser feito por um astrólogo realmente (o que antigamente era muito comum), por um profissional limitado ou ainda, escrito por um bom astrólogo, mas que peca nesta aplicação do conhecimento astrológico. Afinal, é uma técnica especial, com uma abordagem e linguagem específica. Outro motivo recorrente é quando tratamos esse tipo de previsão objetivando ACONTECIMENTOS. Geralmente, a tendência do leitor é ter uma expectativa “do que vai acontecer”, como se algo externo a ele fosse capaz de influenciá-lo. Se o astrólogo, em seu discurso, reforça essa postura diante das tendências indicadas pelos astros, o resultado é frustrante para todos. Ele tenta dar exemplos de acontecimentos possíveis ou tende a dar conselhos, alimentando o descrédito dos que dizem não “acreditar” em astrologia.

Desperdiçamos o precioso momento presente e nossa força interior, ao projetarmos para fora e para frente a nossa energia, assim como quando ficamos apegados ao passado. Perdemos a conexão com o nosso centro, inviabilizando uma visão ampla, profunda e consciente. Poucos reconhecem o valor dessa sintonia. Uma minoria tem a consciência da sua própria conexão com o cosmos. Seu interesse parte da vontade de tornar consciente essa correspondência, buscando conhecimento ao invés de simples informação ou conselho. Estes poucos sabem que são coautores. Não ficam desafiando os outros, afirmando sua individualidade.

Diante disso e na intenção de defender a astrologia, acho bom lembrar aqui a base fundamental da elaboração de um “horóscopo” – os SIGNOS = as 12 divisões do caminhar do Sol (percorridos a cada ano). Neste caminho, ou faixa zodiacal, circulam os astros, cada qual com seu ritmo. Quando dissemos “o meu signo é…”, estamos nos referindo a posição do Sol naquele signo (e não na constelação!). Pessoas do mesmo signo podem ser muito diferentes, com atitudes até opostas, mas há entre elas um ponto comum: o seu foco de atenção e orientação, uma determinada qualidade essencial de onde parte sua visão de mundo, fonte da sua vitalidade. Esta é a generalização existente no horóscopo. As diversas mutações do céu (aspectos entre planetas, fases da Lua, etc.) são interpretadas em relação a cada signo. Existem horóscopos mais detalhados (considerando decanatos, etc.) ou os que incluem também interpretações relacionadas ao signo como ascendente (signo que ascendia no horizonte leste na hora do seu nascimento indicando o seu modo de atuar).

Em resumo, o horóscopo fornece indícios de uma disposição interna importante, uma orientação precisa e objetiva por sua análise ter como base o nosso símbolo do centro – o SOL. Um horóscopo não pode prever eventos, como por exemplo: “Você vai encontrar sua alma gêmea esta semana…”. Ele pode sugerir uma intensificação favorável do afetivo e do poder de atração, pode precisar até o dia mais propício para relacionamentos, mas não pode determinar o fato. Se não “aconteceu” ou você não percebeu nada semelhante ao sugerido na leitura, não quer dizer que seja uma previsão errada do horóscopo. O tema da questão e as qualidades das energias envolvidas ali reveladas estão sendo vividas por você de alguma forma, em algum nível. O fato depende de você, do chamado “livre arbítrio”, depende da promessa indicada no céu do seu nascimento (o seu mapa natal), da “hora certa” para acontecer. Aliás, até para que se saiba disso depende também de fatores que transcendem qualquer entendimento. Certos mistérios, impossíveis de serem desvendados, são indispensáveis à nossa sobrevivência, constituem a natureza, fazem parte da sucessão dos acontecimentos.

CINASTRO – Primeiro Congresso Internacional de Astrologia Online

Primeiro Congresso Internacional de Astrologia Online:

Inscreva-se: www.cinastro.com.br

CINASTRO

CINASTRO é o primeiro congresso internacional de astrologia em formato virtual, um dos pioneiros no modelo de palestra digital no Brasil e totalmente gratuito durante os dias de sua transmissão. O congresso acontecerá do dia 31 de outubro a 7 de novembro de 2014 e contará com a presença das maiores sumidades no assunto, reunindo 3 gerações de astrólogos do Brasil, Portugal, Argentina e França…

Mais do que produzir um evento online, pretendemos levar ao público informação séria e responsável sobre o tema. O CINASTRO nasceu com a ideia de expandir a divulgação sobre o tema, incentivar o interesse ao assunto e ampliar o acesso ao conhecimento astrológico.

Acreditamos que a Astrologia tem um importante papel no desenvolvimento humano e por esse motivo, pretendemos levá-la ao maior número de pessoas possível, para que todos possam se beneficiar desta ferramenta, seja diretamente, através de estudos ou indiretamente através dos vários profissionais existentes. O congresso é destinado não apenas aos profissionais e estudantes, mas também aos que tenham interesse e que nunca tiveram a oportunidade de ter maior contato com o assunto.

https://www.facebook.com/events/425154520971354/?ref_dashboard_filter=upcoming

Divulgando o V Circuito Nacional de Astrologia

Abaixo a programação do V Circuito no Rio de Janeiro, extraído do site da CNA. Acesse http://www.cnastrologia.org.br/noticias.php?destaque=133 para ver em outros estados também.

ASTROLOGIA: DESTINO E LIVRE ARBÍTRIO
Entrada Franca

O Circuito Nacional de Astrologia é uma iniciativa da Central Nacional de Astrologia, e encontra-se atualmente em sua quinta edição. Com o objetivo de fomentar e estimular o diálogo entre os astrólogos, assim como disseminar a astrologia para o publico leigo, os Circuitos são realizados em datas próximas em diversas capitais brasileiras e a entrada é totalmente gratuita. Como a proposta é de um grande evento nacional, a cada Circuito é eleito um tema para nortear as palestras, tema este que é trabalhado e adaptado conforme as características locais. Assim, temos uma diversidade de palestras e mesas redondas dialogando sobre astrologia, em torno de um foco comum, de Norte a Sul do país.
Diante da entrada do planeta Urano no signo de Áries, que certamente evidenciará no coletivo questões como grau de liberdade e individualismo, o tema eleito para V Circuito é “Astrologia: Destino e Livre Arbítrio”. Assim, a abordagem destas questões e seus desdobramentos dentro da prática astrológica é evidentemente correlato e coerente com as atuais configurações celestes.
Convidamos a todos a prestigiarem este evento. O V Circuito abordará relevantes questões dos tempos atuais sob a ótica da Astrologia, aumentando a compreensão sobre esse momento especial que estamos vivendo.

Giane Portal
Diretora Social da Central Nacional de Astrologia
Confira a Programação da Regional  – RJ

Rio de Janeiro

Data: 12/06/2010
Hotel Atlântico Copacabana – Salão Imperial
Endereço:Rua Siqueira Campos 90Copacabana (Esquina de R. Siqueira Campos perto do Metrô)

Entrada Franca. Pede-se levar uma lata de leite em pó.

10:30 – Abertura

11:00 – A QUADRATURA QUE NOS ATROPELA – Fernando Fernandes
A quadratura T formada por Saturno Plutão Urano e Júpiter é o grande fato astrológico do momento com forte impacto em nossas vidas pessoais. Não há como fugir: ou saímos voluntariamente da zona de conforto ou seremos atropelados pelos fatos.

12:00 – Intervalo – Almoço.

13:30 – A ASTROLOGIA COMO FERRAMENTA EM PROL DO LIVRE ARBÍTRIO –
Vanessa Tuleski O livre arbítrio só pode ser exercido com conhecimento. Quem não conhece não tem possibilidade de escolha, isto é, de exercer o livre arbítrio.

14:30 – AS ESTRELAS NO MAPA DE CHICO XAVIER E SEU DESTINO NA PSICOGRAFIA – Carlos Hollanda

15:30 – Intervalo

16:00 – REFLEXÕES ASTROLÓGICAS SOBRE A REALIDADE BRASILEIRA – Dimitri Camiloto

17:00 – ASTROLOGIA HORÁRIA MEDIEVAL – Rodolfo Veronese
Baseado nos princípios de Masha`Allah astrólogo judeu do século IX d.c.

18:00 – Debate Final

18:30 – Encerramento.

Presságios 2010

Presságios 2010

O evento de previsões de Constelar, ao vivo e via Internet!

As previsões para o próximo ano

Quais as perspectivas para o Brasil e o mundo em 2010 e nos anos subseqüentes? Este é o tema do Presságios 2010, que acontece no sábado, 28 de novembro, no salão da CFA – Casa de Francisco de Assis, no bairro carioca de Laranjeiras.

Realizado pela sexta vez consecutiva, o evento deste ano tem como eixo central a grande quadratura T já em formação, e que reunirá numa pesada configuração Urano, Plutão, Saturno e Júpiter. Trata-se de um ano importante não só pela rara configuração como pela mudança do contexto astrológico em função da entrada de Urano e Júpiter em Áries e de Saturno em Libra. Teremos de volta a turbulência dos anos 60?

Nesta nova edição do evento Presságios, seis astrólogos discutirão alguns temas que realmente podem afetar nossas vidas. Na pauta, as previsões sobre o país e sobre nosso cotidiano, mas também sobre o ambiente macro: as mudanças climáticas do planeta, as tensas relações internacionais e as incertezas econômicas para os anos vindouros. Serão tempos de esperança ou de inquietação?

Brindes – Para os participantes da versão ao vivo do Presságios 2010 o ingresso já inclui um delicioso coffee-break. Já os participantes via internet receberão uma exclusiva análise do impacto da quadratura T Urano-Saturno-Plutão em cartas pessoais, casa por casa, aspecto por aspecto. Um material precioso para quem quer transformar a tensão da quadratura em energia produtiva.

Temas e palestrantes

Programa

–Recessão econômica mundial: melhora ou agravamento?
–A sucessão presidencial no Brasil: Dilma, Serra ou surpresas pela frente?
–Obama e o novo papel dos Estados Unidos
–A reinvenção do Brasil
–Conflitos latentes: Irã, Afeganistão e outras áreas explosivas
–Oportunidades no meio da crise: o céu pessoal em 2010

Palestrantes

Celisa Beranger (RJ) é diretora da Escola Espaço do Céu, autora de diversas obras especializadas e ex-presidente do SINARJ – Sindicato dos Astrólogos do Rio de Janeiro.
Hanna Opitz (SP) é introdutora no Brasil de algumas técnicas inovadoras, como o Feng Shui Astrológico e a Astrologia Uraniana. Especialista em previsões utilizando técnicas de leitura simbólica.
Fernando Fernandes é mestre em Sistemas de Comunicação. Edita o site Constelar e dirige a Escola Astroletiva. Autor de mais de uma centena de artigos na área de Astrologia Mundial.
Carlos Hollanda é mestre em História Comparada e professor universitário, além de webmaster do site História e Imagem. Trabalha com Astrologia desde 1988 e é autor do livro Progressão Lunar e Kabbalah (SP, Ed. Elevação, 1999.).
Dimitri Camiloto é astrólogo no Rio e mestre em Sociologia e Antropologia pela UFRJ, sendo autor da dissertação Divinação, Mercado e Modernidade, um estudo sociológico do fenômeno dos 0900. Autor do blog Dimitri, de Astrologia Mundial, no site Constelar.
Vanessa Tuleski é astróloga no Rio de Janeiro, autora do livro Signos Astrológicos – As Doze Etapas para a Auto-realização (veja site pessoal),  e responsável pelo blog Cosmo & Cotidiano, no site Constelar.

Presságios 2010 em versão internet

Todas as palestras serão gravadas em arquivos de áudio que você pode adquirir em formato mp3 e baixar para ouvir no seu micro ou mp3 player. Também estarão disponíveis os arquivos Power Point utilizados pelos palestrantes, convertidos para apresentações em Flash. O material, com áudio de alta qualidade e toda a atmosfera do evento ao vivo, poderá ser baixado diretamente da internet a partir de 12 de dezembro.

Reservas e pagamentos: São três opções:
Só ao vivo – Ingresso para o evento Presságios 2010, em 28 de novembro (incluindo coffee-break). — R$ 65,00

Versão internet – Acesso à versão internet de Presságios 2010, a ser liberada em 12 de dezembro, incluindo arquivos .mp3 e Power Point das palestras, além de material adicional de outros astrólogos convidados e a análise do impacto da grande quadratura T em cartas pessoais. — R$ 65,00

Completo – Ingresso para evento ao vivo (28/11) e acesso à versão internet de Presságios 2010 (liberada em 8/12), incluindo todos os extras das opções anteriores. — R$ 79,00

Reserve a sua participação e pague com Pagseguro (boleto bancário, transferência online ou parcelamento no cartão de crédito). Para acessar o formulário e saber maiores detalhes, acesse:

http://www.astroletiva.com.br/eventos/pressagios2010.php

Para onde vai a receita do evento

Ao adquirir o ingresso, você estará colaborando com a manutenção da Creche Comunitária Santa Clara, mantida pela ONG Casa de Francisco de Assis (Rua Alice, 308 – Laranjeiras – Rio de Janeiro). Todos os palestrantes concordaram em ceder a receita do evento para esse projeto social, que já funciona há mais de quinze anos no bairro carioca de Laranjeiras. Você pode conhecer mais sobre o trabalho da Casa de Francisco de Assis nesta matéria do RJTV, o noticiário local da Rede Globo:

Consultas em 2009

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A abordagem na consulta astrológica valoriza o significado simbólico e sua correspondência entre as questões particulares e os principais movimentos mundiais. Os eventos identificados no tempo (passados, presentes ou futuros) são sempre associados de alguma forma aos principais temas do momento (em 2009).

Os tópicos mais relevantes no mundo hoje são:
* Tendências contemporâneas – contexto cultural
* Transformação radical dos sistemas e em qualquer estrutura hierárquica
(crise de poder nas lideranças e supremacias sócio-políticas)
* Renovação através do confronto entre a instabilidade do novo (globalizante e subjetivo) versus a estabilidade dos padrões já conhecidos (seletivos e pragmáticos)
* Expansão da hipersensibilidade e a valorização da espiritualidade de forma coletiva, humanitária

As técnicas empregadas são as que melhor atenderem ao serviço solicitado pelo cliente. Esta definição inicial é fundamental, diante das múltiplas leituras que um mapa astral propicia. (ver página O que é astrologia?)
Na consulta, vamos observar juntos os ciclos e suas fases, identificando inícios, prevendo movimentos e visualizando caminhos. As características pessoais indicadas pelo mapa de nascimento, por exemplo, também são analisadas em seu aspecto evolutivo.

O “agora” é privilegiado, por ser o instante criador do destino “real”.

rotação estelar

rotação estelar

Cometa LULIN

foto NASA

foto NASA

Cometa Lulin estará mais próximo da Terra dia 24 (38 milhões de milhas de distância), na constelação de Leão, no signo de Virgem, próximo a Saturno (como uma nuvenzinha esverdeada).

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“(Porque tudo aquilo que brilha, em qualquer lugar que se observe, ou em qualquer tempo, é digno de notar-se.)”

“Ou também pode ser que Deus, compadecido de nosso destino imediato, envie estas luzes e estes transtornos dos signos ao mundo, porque nunca o espaço se iluminou com luzes inúteis.”

850 – Astronomicon – Marcus Manilius – sec.I 

Trechos sobre os fenômenos luminosos e as significações nefastas associadas à passagem de um cometa.

           Tem astrólogo se arriscando, prevendo “infortúnios” para os dirigentes do Brasil (Sol em Virgem).  De acordo com o Tetrabiblos de Ptolomeu, o cometa estando ocidental ao Sol (como é o caso, distância maior que 180º), os eventos relativos a ele ocorreriam mais adiante e não imediatamente. Vamos observar e registrar os acontecimentos.

História do descobrimento (em 2007) do cometa na página:

http://science.nasa.gov/headlines/y2009/04feb_greencomet.htm

2009 – parte 2 – Plutão em Capricórnio

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          Plutão em Capricórnio traz grandes transformações em estruturas, lideranças e hierarquias (ver o post anterior – A HIERARQUIA E A GRAVIDADE).

          No mundo, as maiores mudanças serão observadas na política e na economia.

          Cada signo solar terá o seu foco de atenção nas seguintes áreas indicadas abaixo. No caso de signo ascendente, a associação pode ser mais visível, relativa aos “acontecimentos”. Ex.: Signo solar – Aquário com Ascendente – Touro: Poder transformador na conexão com o não visível, no inconsciente, atuando nas questões relativas ao estrangeiro, estudos, viagens, questões legais ou religiosas. Já o inverso: Signo solar Touro com Ascendente Aquário: Poder transformador relacionado ao estrangeiro, estudos, viagens, questões legais ou religiosas, atuando na conexão com o não visível, no inconsciente.

          Neste breve resumo, podemos ter uma noção de onde o movimento poderoso de destruição e regeneração associada à Plutão estará atuando (de 2008 a 2024):

Áries – no setor social, profissional ou na estrutura familiar   

Touro – relativo ao estrangeiro, estudos, viagens, questões legais ou religiosas

Gêmeos – nos assuntos que envolvem uma fusão com o outro, nos recursos compartilhados

Câncer – nos relacionamentos

Leão – no cotidiano, no trabalho ou na saúde

Virgem – na criatividade (inclusive filhos), na capacidade de expressão da individualidade

Libra – na vida privada, família, casa

Escorpião – no meio circundante (irmãos, parentes e vizinhos), na comunicação em geral

Sagitário – nos valores e recursos próprios

Capricórnio – na iniciativa, no modo de agir ou no próprio corpo

Aquário – na conexão com o não visível, no inconsciente

Peixes – associado a amigos, grupos ou nos planos para o futuro

          Sugestão: Você pode também checar como foi a passagem de Plutão (a transformação) nos últimos 13 anos (quando em Sagitário desde 95) lendo o signo seguinte ao seu. Ex.: Peixes lê o de Áries. 

A hierarquia e a gravidade

Introdução

          Com Plutão entrando em Capricórnio, as autoridades mundiais sofrem a força natural da gravidade. O poder de transformação vem regenerar o que é reconhecido como supremo.

          Os trânsitos críticos deste astro (recentemente destituído da condição de planeta), sempre me fazem lembrar o bandido quando anuncia um assalto: “- Perdeu, perdeu! Passa tudo!”  Resistir pode ser fatal…

 

A supremacia do centro na escolha de uma representatividade

          A teorização astrológica pode também sofre mudanças devido a uma dificuldade de apreensão e entendimento do porque aquele determinado conhecimento é assim simbolizado convencionalmente. Vamos ver os astrólogos estudando diferentes abordagens, experimentando outras técnicas. Mais do que nunca é essencial ao astrólogo, o conhecimento profundo dos mitos, símbolos e sinais com os quais trabalha. Sua visão pessoal molda não só a linguagem, como as formas de abordagem de acordo com a compreensão de seu tempo. O desconhecimento ou o desrespeito aos fundamentos da astrologia ou de qualquer premissa de uma determinada aplicação teórica pode anular a sua pertinência ao campo do saber astrológico. Essa é apenas uma pequena apreciação do rigor exigido do profissional, principalmente quanto à hierarquização.    

          Sendo uma visualização topocêntrica, de estrutura concêntrica, sua linguagem deve atender, portanto, a este “ponto de vista” – ao significado central, à essência do símbolo.

          Ao se transpor o conteúdo para a linearidade da construção da linguagem, sua “pureza” fica comprometida por estar sendo “manipulada” pela racionalidade de cada indivíduo. Cada um tem o seu sistema de hierarquização, organização e seus recursos. A exteriorização correta, ou seja, a boa e clara teoria é a que promove uma fiel reconstituição interna do tema em questão. Tanto no próprio emissor quanto no receptor. Essa visualização interna ocorre, quando a convenção utilizada não é apenas uma ressonância do natural, uma alegoria, mas seu correspondente por analogia. Como assim acontece na compreensão imediata diante de símbolos naturais, por exemplo.

          A hierarquia na astrologia se faz pelo grau de “pureza”. Os elementos de cada conjunto são individualizados, inteiros, totais. Assim como as cores primárias (formadoras da luz visível) que não são formadas por nenhuma outra, mas participam da composição de qualquer cor, mesmo que seja como oposta e complementar. A fração de uma inteireza sempre vem acompanhada do seu complemento, mesmo ele não sendo aparente. Assim como os símbolos abarcam o seu inverso.

          Portanto, Plutão em Capricórnio atuando nos sistemas hierárquicos, provoca também uma revisão da ordenação do pensamento e, claro, da linguagem. Os modelos antigos não servem mais. É preciso aprofundar-se, revisitar a origem, tocar o cerne. Os esquemas racionais vão tentar organizar as emoções percebendo o verdadeiro centro da questão, o qual só é reconhecido individualmente pelo coração. A linguagem simbólica então vem “socorrer” a expressão dos sentimentos, por transcender o determinismo espaço-temporal.

A visão espacial e o bidimensional

          A qualidade da informação não é definida por sua forma isolada de seu contexto. A identificação do significado de um ponto é definido por sua relação com o espaço. Vemos então surgir a linha que representa esta relação – o horizonte. Temos a noção do eu (no Ascendente, no que se eleva) por contemplarmos a oposição que nos define e limita (no Descendente, no ocaso). A “existência” é reconhecida através da relação.

          A percepção do centro na linearidade, só é encontrada após a apreciação da dualidade, da definição de seus extremos, no ponto comum. No meio do Céu, a dualidade é vista como complementares de uma só totalidade – a visão genérica. Só aqui, definimos o centro. A visão geral e imparcial obtida deste ponto de vista é uma representação do centro. Nem o Meio do Céu, nem Capricórnio são “o centro”, mas o representam em relação ao todo. O reconhecimento de supremacia, de autoridade ou a identificação do centro de qualquer coisa, torna-se impossível se não delimitarmos a dimensão, “o raio da ação”. A determinação do cume define o ângulo da abertura do compasso, a circunferência – linha do caminho evolutivo, a representação do ciclo, a manifestação do centro. Quando não dispomos dessa representatividade, ficamos oscilando entre opostos, experimentando a diversidade e a alteridade. Através de meras comparações e até mesmo no relacionamento com o outro, o máximo que conseguimos, é vislumbrar o ponto médio definido apenas pelo ponto de vista individual. Ao não reconhecermos uma autoridade, ficamos só no individual e no confronto à tudo o que é externo a nós. O que, ou quem se encontra numa posição de supremacia, só se mantém aí se for capaz de representar a totalidade da qual pertence.

Do alto

          O Meio do Céu, interseção do meridiano do lugar com a eclíptica, é reconhecido como o lugar do destino. Tradicionalmente, os astros situados nele, norteiam nossas vidas

          Do alto, observamos a abrangência e as particularidades referenciadas entre si e ao todo. Para o alto, projetamos nossas metas, almejando esse posicionamento privilegiado, símbolo da vitória sobre a gravidade. Plutão aí, angular, em Capricórnio, vem transformar o que consideramos mais representativo. Modificando estruturas e reformulando esquemas sociais. Ao meio-dia, no ponto máximo de luz, ele vai nos promover maior clareza na percepção do que é realmente relevante e mais importante. Com o astro da transformação neste ponto, as antigas representações de supremacia morrem, assim como qualquer classificação decorrente dela. A hierarquização natural, como a filiação, por exemplo, também deve receber uma nova abordagem ao longo desses 16 anos de trânsito. Tudo o que possa ser simbolizado pelo Sol, enquanto líder ou autoridade é igualmente alterado de alguma forma entre 2008 e 2009 principalmente.

           Como órfãos, sobrevivendo nesse “desnorteio”, teremos que descobrir nossos pais internos para nos orientarmos.

Na História

           Para a astrologia, este período traz transformações relativas à sua própria representatividade no social. Por estar baseada no princípio solar, ela recebe uma atenção especial. Assim foi entre 1637 e 1770 aproximadamente, com o declínio da astrologia no ocidente. Considerando que em 1762, Plutão fez a passagem de Sagitário para Capricórnio, destaquei alguns fatos relevantes da nossa história neste período crucial. São eventos apontados na maioria dos livros consultados.

          Na passagem do Iluminismo para o Romantismo (que antecede o Positivismo), o pensamento se voltava para as questões sociais. Há o combate à desumanidade da aristocracia e ao poder autoritário e dogmático da Igreja. Em “O Contrato Social” (1762) de Jean-Jacques ROUSSEAU – o teórico da Revolução Francesa (1789), apresenta sua visão política – o ideal de uma ordem estabelecida pela vontade da maioria:

          Submetendo-se cada um a todos, não se submete a ninguém em particular, e como não há um associado sobre o qual não se adquira o mesmo direito que se cede sobre si próprio, se ganha a equivalência de tudo o que se perde e maior força para conservar a que possui.

 

          Filósofos oscilam entre duas concepções, as quais irão se unir no fundamento das ciências: o racionalismo empírico através da sistematização. As estruturas visíveis da natureza eram transcritas em linguagem. Surgem então, os chamados “enciclopedistas”. De 1751 à 1777 – Denis DIDEROT (filósofo) e Jean D’ALEMBERT (filos. matemático) lançam a “Enciclopédia ou Dicionário Racional de ciências, artes e comércio” (contendo críticas a religião e na intenção de reunir todo o conhecimento).

 

          Outros destaques importantes:

*       1735 – Carl Von LINNÉ – publica na Holanda “Sistema da Natureza” – sistema binominal de classificação de plantas e animais (utilizado até hoje). Sistematizado em 5 categorias: classe, ordem, gênero, espécie e variedade.

*       Teorias de Antoine-Laurent LAVOISIER (1743-1794 – pai da química moderna, como ciência, de quem se atribui a frase:  “Na natureza nada se cria, nada se destrói, tudo se transforma.”

*       de 1749 e 1788 – Georges LECLERC (conde de Buffon) – “História natural, geral e particular “ (biólogo que já chega muito próximo a teoria da evolução)

*       1769 – James WATT (matemático e engenheiro escocês – aprimora a máquina a vapor, prenunciando a Revolução Industrial)

*       1775 – Abraham WERNER – (“pai” da geologia histórica – origens da crosta terrestre – funda escola na Saxõnia)

*       1775/1783 – A Guerra da Independência dos Estados Unidos da América (1776)  teve suas raízes com a assinatura do Tratado de Paris  (10-2-1763, entre: Reino Unido, França, Portugal e Espanha ) que pôs fim à Guerra dos Sete Anos. 

*       1781 – Immanuel KANT publica “Crítica da Razão Pura“. Sua filosofia, para escapar do racionalismo, delimita o valor da metafísica para integrá-la em um novo pensamento – idealismo transcendente. (Início da ciência moderna).

 

          Na pintura, Jean-Honoré Fragonard em “The Gardens of The Villa d’Este” (1762) apresenta uma paisagem idílica, exuberante, repleta de detalhes no estilo Rococó (francês).

          Na música, uma curiosodade: Em 1759, Leopoldo Mozart começou a ensinar cravo a seus filhos: Nannerl com 8 anos e Wolfgang com 3!  A partir de 1762, a família inicia uma jornada pelo mundo. Com 5 anos, Mozart já havia composto umas 10 peças (catalogadas). Em 63, com 7 anos em viagem à Paris, conhece Maria Antonieta (com a mesma idade).

Os grandes compositores da época eram Handel e Haydn, mas ainda imperava a música de Bach (falecido em 1750), sendo o preferido de Mozart.

 (ver 2009 – parte 2 – Plutão em Capricórnio)